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Saúde mental e revelação do diagnóstico para crianças e adolescentes vivendo com HIV

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Autor Zabtoski, Kelin Roberta;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/2648969097657949;
Orientador Benetti, Silvia Pereira da Cruz;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/0407402722919216;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Saúde;
Idioma pt_BR;
Título Saúde mental e revelação do diagnóstico para crianças e adolescentes vivendo com HIV;
Resumo Esta dissertação de mestrado dirige-se para o aprimoramento do conhecimento de questões relativas ao processo de revelação do diagnóstico HIV positivo para crianças e adolescentes. Foi realizada uma pesquisa de método misto sequencial, sendo realizada primeiramente a fase quantitativa, seguida da fase qualitativa. Assim, os resultados estão organizados em dois artigos empíricos. O primeiro artigo empírico apresenta os resultados de uma pesquisa de levantamento que teve como objetivos identificar características de saúde mental de crianças e adolescentes vivendo com HIV, verificando também associações com fatores sociodemográficos. Participaram 112 cuidadores de crianças e adolescentes com idades entre seis e 18 anos, com média de 12 anos (DP ± 3) e que faziam acompanhamento em dois serviços de atendimento especializado (SAE) de Porto Alegre, RS, Brasil. Os instrumentos utilizados foram um questionário de dados sociodemográficos e o Child Behavior Checklist (CBCL). Verificou-se que 59% da amostra apresentava critério clínico para problemas de saúde mental, conforme identificado no CBCL. Os meninos estavam mais propensos a apresentar comportamento delinquente que as meninas e crianças com até 10 anos de idade apresentaram escores significativamente maiores para depressão, problemas sociais, problemas de pensamento, dificuldades de atenção, comportamento agressivo e na categoria clínica. Também foi observada a associação entre comportamento agressivo e sintomas depressivos. Em relação à revelação do diagnóstico, verificou-se que 60% da amostra conhecia seu diagnóstico, sendo que em 68% dos casos a revelação foi realizada pela família entre os 10 e 12 anos de idade. Além disso, a não revelação do diagnóstico estava associada a maior presença de categoria clínica e problemas sociais. Os dados apontam para a necessidade de atenção à saúde mental de crianças e adolescentes vivendo com HIV, sugerindo a implementação de serviços para o acompanhamento psicológico de crianças e adolescentes, além do incentivo às práticas de revelação do diagnóstico. O segundo artigo empírico apresenta uma pesquisa de casos múltiplos, com o objetivo de conhecer alguns aspectos familiares relativos ao processo de revelação do diagnóstico de HIV, bem como as condições psicológicas de adolescentes que desconheciam seu diagnóstico. No aspecto relativo aos cuidadores, foram investigadas as expectativas, temores e formas de lidar com o segredo e com a possibilidade de revelação. Em relação aos adolescentes, foram identificados o estado emocional dos jovens, as fantasias e mecanismos de defesa relacionados ao diagnóstico. Participaram cinco adolescentes com idades entre 10 e 13 anos e seus cuidadores. Foram realizadas entrevistas com os cuidadores e aplicados os testes HTP e o 13 Teste das Fábulas nos adolescentes. A análise dos dados apontou que os cuidadores tendem a postergar a revelação do diagnóstico por não se sentirem preparados. Em relação aos adolescentes, verificou-se que há um comprometimento no processo de desenvolvimento emocional, com repercussões psicológicas, emocionais e cognitivas. Os resultados indicam a importância de um acompanhamento psicológico para os cuidadores, para auxiliá-los a lidar de forma mais adaptativa com seu diagnóstico, visando construir um processo de revelação de diagnóstico individualizado e gradual.;
Abstract The objective of this Master's Degree thesis was to broaden the knowledge about issues related to the process of positive HIV diagnosis disclosure to children and adolescents. The results were divided into two empirical articles. The first manuscript includes the empirical results of a research survey that aimed to identify mental health characteristics of children and adolescents with HIV, investigating associations with sociodemographic factors. The sample was comprised of 112 caregivers of children and adolescents aged 6 to 18 years (mean age = 12 years old, SD ± 3) who were being treated in two specialized care centers in Porto Alegre, RS, Brazil. A sociodemographic questionnaire and the Child Behavior Checklist (CBCL) were used. We found that 59% of the sample met the clinical criteria for mental health problems according to the CBCL. Boys were more likely to have delinquent behavior than girls; and children under 10 years of age had significantly higher scores for depression, social problems, thought problems, attention difficulties, aggressive behavior, and on the clinical category. There was also an association between aggressive behavior and depressive symptoms. Regarding diagnosis disclosure, we found that 60% of patients were aware of their diagnosis, and in 68% of cases diagnosis information was provided by the family when the patients were between 10 and 12 years old. Furthermore, failure to disclose the diagnosis was associated with increased scores on the clinical category and more social problems. Our data show the need for special attention to the mental health of children and adolescents with HIV, suggesting the implementation of psychological counseling for children, adolescents, and caregivers, in addition to encouraging diagnosis disclosure. The second empirical manuscript presents a multiple-case study. The objective of this study was to investigate some familial aspects of the process of HIV diagnosis disclosure, as well as the psychological status of adolescents who are not aware of their diagnosis. We investigated the caregivers' expectations, fears, and coping strategies related to the undisclosed diagnosis and the possibility of disclosing it. We determined the adolescents' emotional state, fantasies, and defense mechanisms related to the diagnosis. Five adolescents between 10 and 13 years old and their caregivers participated in the study. Caregivers were interviewed, whereas the House-Tree-Person and fable tests were administered to the adolescents. Data analysis suggested that caregivers tend to postpone the diagnosis disclosure because they do not feel prepared to reveal such information. With regard to the adolescents, we found that their process of emotional development was impaired, showing psychological, emotional, and cognitive consequences. Our results 15 demonstrate that psychological counseling is crucial so that caregivers can cope with their diagnosis in a more adaptive manner in order to build an individualized and gradual process of diagnosis disclosure.;
Palavras-chave Adolescence; Childhood; HIV; Mental health; Disclosure; Adolescência; Infância; Saúde mental; Revelação do diagnóstico;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Humanas::Psicologia;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2012-12;
Agência de fomento Nenhuma;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/4785;
Programa Programa de Pós-Graduação em Psicologia;


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