Resumo |
Com objetivo de compreender o envolvimento da família no tratamento da pessoa com sofrimento mental, realizou-se um estudo qualitativo. Considerando-se a perspectiva da pesquisa qualitativa e utilizando entrevistas semiestruturadas, foram entrevistados 5 familiares/cuidadores de usuários que utilizavam o Centro de Atenção Psicossocial de São Leopoldo – RS, CAPS II Capilé. Teve-se como objetivo geral analisar o envolvimento da família no tratamento da pessoa em sofrimento mental. O discurso dos entrevistados permitiu identificar as categorias: entendimento do familiar a respeito do transtorno que o usuário acompanhado pelo CAPS possui, entendimento do familiar quanto às medicações, participação da família no acompanhamento do tratamento do familiar, vínculo da família, aceitação da família frente ao diagnóstico do usuário, dificuldades mais comuns de convivência com a pessoa com transtornos mentais e sofrimento do familiar que acompanha o usuário. Conclui-se que os profissionais do CAPS precisam efetivar suas práticas no grupo de familiares, incluindo núcleos diferentes, contemplando a interdisciplinalidade, com o propósito de informar e integrar o familiar no processo de atenção ao usuário, incentivando sua participação. Também foi visto que pode ser proveitoso para esse grupo que a proposta do grupo de familiares englobe não somente os familiares que acompanham, mas se possível, envolva também os familiares que não estão implicados diretamente no cuidado desse usuário do CAPS, para desmistificar a questão dos transtornos mentais e trabalhar o preconceito que ainda existe, desta forma, os trabalhadores poderiam alcançar este objetivo dentro da luta antimanicomial.; |