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Práticas formativas do curso de Licenciatura em Música da UERGS: a produção de um professor artista?
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Práticas formativas do curso de Licenciatura em Música da UERGS: a produção de um professor artista?
Silva, Lucas Nascimento Braga
Data da Defesa:
2022-04-28
Orientador:
Fabris, Elí Terezinha Henn
Resumo:
Esta pesquisa problematiza a formação de professores de Música, tendo como objetivo principal visibilizar as práticas formativas que são desenvolvidas no Curso de Graduação em Música: Licenciatura da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul – UERGS, localizado na Unidade Universitária de Montenegro. Deste modo, as questões que nortearam do presente estudo foram: Quais práticas formativas são desenvolvidas no curso de Licenciatura em Música da UERGS? De que forma as práticas formativas deste curso participam da formação do professor de música? Que modos de ser professor de música são visibilizados nas narrativas de egressos do curso de Licenciatura da UERGS? Assim, para a investigação destas questões, utilizou-se, como metodologia a análise documental a partir do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) e o Currículo do curso, após este processo de análise dos documentos, um questionário online elaborado via Google Forms. O processo de análise dos dados obtidos a partir do questionário
submetido a professores de Música egressos do curso em questão e da análise documental resultou em dois grupos de sentidos que foram formados a partir de recorrências encontradas e com a ajuda de lentes dos estudos sobre a docência e da Educação Musical. Durante este movimento de análises, constatou-se que as práticas formativas desenvolvidas neste curso remetem a uma lógica, uma preponderância do habitus conservatorial, que historicamente estão presente nos Cursos de Licenciatura, e assim, legitimam saberes que remetem ao belo, ao erudito e perspectivas coloniais e da tradição de Educação Musical, e, que podem funcionar, portanto, como instrumentos de manutenção dessa dominação intelectual, artística e estética, mas também, como força propulsora da tradição, para impulsionar a criação e a arte. Nota-se ainda, ao mesmo tempo que o habitus está presente, alguns movimentos são feitos em outras direções como um movimento de fuga, como a realização de práticas corporais que por meio
da criação que contrapõem o modelo conservatorial historicamente presente na formação de professores de música, e ainda, no diferencial que o curso propõe na formação de um professor artista que se torna artista pelo habitus e fora dele, e que ainda se insere em uma compreensão de performance muitas vezes evidenciada pelo curso como um modo neoliberal de fazer a vida de professor artista. Por fim, esta pesquisa contribui para pensar a formação de professores de música e seus desafios históricos que a profissão tem exigido para consolidar a Música na escola. Um professor artista e uma docência em música como arte são possibilidades evidenciadas nesse curso
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