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Paternidade em famílias pós-divórcio cujo pai detém a guarda unilateral dos filhos
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Paternidade em famílias pós-divórcio cujo pai detém a guarda unilateral dos filhos
Isotton, Rogério
Data da Defesa:
2011-04-01
Orientador:
Falcke, Denise
Resumo:
O cenário familiar contemporâneo vem sofrendo transformações que propiciam às famílias constituírem-se de diferentes maneiras. Junto com esse contexto de transições, a paternidade também está em processo constante de transformação
e vem agregando características que a situam cada vez mais distante dos modelos tradicionais. O índice de famílias pós-divórcio chefiadas por um dos genitores aumentou consideravelmente nos últimos anos, atingindo, segundo IBGE, um percentual de 21,8% em 2007. Deste total registrado em 2007, 9,8% são
famílias pós-divórcio chefiadas pelo pai. O objetivo desta pesquisa, a partir disso, é compreender o exercício da paternidade em famílias pós-divórcio, nas quais o pai detém a guarda unilateral dos filhos. Sob o método qualitativo, com base no estudo de casos, esta pesquisa teve como participantes três pais e um dos filhos, com idade entre seis e 13 anos de idade, que estava sob a guarda dos pais por um período mínimo de seis meses . Como resultado, observou-se que os pais
que conduzem essa configuração familiar acumulam tarefas como atividades domésticas, criação e educação dos filhos e sustento financeiro do lar. Dois dos pais trabalham como profissionais liberais, podendo flexibilizar seus horários e conciliar com as atividades domésticas e envolvimento com os filhos. O outro trabalha em empresa de transporte, mas estava em período de licença, dispondo de tempo para cumprir suas tarefas. Os pais evidenciaram uma relação de companheirismo com os filhos, característica também demonstrada por estes. Aqueles entendem que sua presença na vida dos filhos, oferecendo-lhes amor, carinho, segurança e sustento são primordiais para o bom exercício da paternidade e para a promoção de um desenvolvimento saudável. O documento desta dissertação está composto por três seções. A primeira é constituída pelo relatório da pesquisa, na qual os casos foram apresentados, analisados e discutidos. A segunda seção consubstancia-se em um artigo teórico cujo objetivo foi discutir a nomenclatura
atribuída, na literatura, para identificar as famílias pós-divórcio chefiadas por um dos genitores. Como última seção, foi elaborado um artigo empírico, que apresenta um recorte dos dados da pesquisa realizada, a partir da análise de conteúdo
das entrevistas feitas com os pais.
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