RDBU| Repositório Digital da Biblioteca da Unisinos

Compreendendo as competências do briefing a partir da teoria ator-rede

Mostrar registro simples

Autor Batista, Marcelo Vianna;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/1791665928466516;
Orientador Meyer, Guilherme Englert Corrêa;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/0452457026604900;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola da Indústria Criativa;
Idioma pt_BR;
Título Compreendendo as competências do briefing a partir da teoria ator-rede;
Resumo No senso comum, o briefing é entendido como um componente importante em qualquer projeto por conter elementos necessários que explicitam o problema e orientar os envolvidos na ação projetual. Mesmo que os estudos em design o compreendam como algo que gera diálogo entre os atores envolvidos no projeto (ZURLO, 2010), não sendo restritivo ou vago demais (BROWN, 2009) e auxiliando no enquadramento dos problemas (BUCHANAN, 1992) tornando, desta forma, o processo de projeto mais criterioso (Associação dos Designers Gráficos do Brasil, 2004), tais concepções não parecem acompanhar as movimentações teóricas sobre o processo de projeto, entendido como transdisciplinar, não-linear e coevolutivo. (MAURI, 1996, FINDELI, 2001, DORST, 2003). Chega-se, desta forma, ao problema de pesquisa: quais são as competências do briefing no processo de projeto? Com o objetivo de compreender suas competências, adota-se a perspectiva teórico-metodológica da Teoria Ator-Rede por entender que seus princípios contribuem no alcançar de outras compreensões acerca das relações estabelecidas nas dinâmicas de projeto, a partir da impossibilidade de distinguir entre humanos e não-humanos ou apontar empiricamente diferenças entre suas actancialidades na construção de fatos e artefatos (LAW, 1992; LATOUR, 1987; CALLON, 1986). Suas agências, enquanto actantes (LATOUR, 1999), mediam e intermediam (SAYES, 2013) a emergência de questões de preocupação (LATOUR, 2008) em uma processualidade que enacta-se (LAW, 2009) no campo das competências ou no ‘poder-fazer’ (FIORIN, 1989), trazendo uma nova luz aos temas do design. A partir análise de conteúdo, realizada sobre a análise documental de 58 briefings enviados por 6 informantes que se denominavam escritórios de design ou se denominam ‘empresas com departamento de design’ e de dois grupos focais compostos por 3 e 4 informantes, respectivamente, seguindo o mesmo critério, esta pesquisa propõe tópicos gerais que compreendem o briefing com competências de 1) enactar a ação projetual, ampliando a capacidade crítico reflexiva ao operar agenciamentos criativos e deslocamentos temporais; 2) mediar interesses relacionados ao processo de projeto (estabelecendo um tipo de nivelamento de ordens distintas que estabilizam da rede formada em torno do projeto), traduzindo a si mesmo (sendo plástico suficiente para moldar-se conforme a necessidade e as naturezas distintas de projeto) e pontualizando e despontualizando os interesses, abrindo competências as quais o projeto deverá estar sensível e atento; 3) inscrever o designer como alguém capaz de tratar destes interesses em jogo, seja numa arqueologia que vai as profundezas do que não é explicitados claramente relacionados a mercado ou a sensibilidades, seja tratando de aspectos puramente técnicos, em um movimento que evidencia 4) o caráter ambíguo e ambivalente do briefing no processo de projeto, de uso plural, orientado pela doma do projeto.;
Abstract In common sense, design brief is understood as an important component in any project because contains necessary elements that explain the problem, guiding those involved in design process. Going further, design studies understand it as something that generates dialogue among the actors involved in design process (ZURLO, 2010), not being too restrictive or too vague (BROWN, 2009), helping to frame problems (BUCHANAN, 1992) and enabling more criteria to design (Associação dos Designers Gráficos do Brasil, 2004), but these conceptions do not seem to be in tune to theoretical movements about the design process itself. Understood as transdisciplinary, non-linear and coevolutionary (MAURI, 1996, FINDELI, 2001, DORST, 2003), design process seems more open than what their own studies posit about design brief. In this sense, this research proposes to inquiry what are the competencies of the briefing in the design process. To understand their competencies, the theoretical-methodological perspective of Actor-Network Theory is adopted because its principles contribute to achieve other understandings about the relations established on design’s dynamics. That means, for Actor-Network Theory, it is impossible to distinguish between humans and non-human, or empirically point out differences between their actions generating facts and artifacts (LAW 1992, CALLON 1986): they are understood as actants (LATOUR, 1999) with agencies that mediated and intermediated (SAYES, 2013) the emergence of matters of concern (LATOUR, 2008) in a processuality that enacts (LAW, 2009) itself in the realm of competencies or ‘being-able-to-do-something’ (FIORIN, 1989), therefore, bringing a new light to design discussion. Adopting the content analysis method over a documental analysis of 58 briefings (sent by 6 informants that called themselves design offices or 'design department companies') and later over two focus groups composed of 3 and 4 informants, respectively (following the same criteria of data collection), this research proposes general topics that present the briefing with competencies of 1) enact the design action, expanding the critical reflexive capacity when operating creative assemblages and temporal displacements; 2) mediate interests of actants related to the design process (establishing a sort of leveling of distinct orders that stabilize the network formed around the design process), translating itself (being plastic enough to shape itself towards different design process) and emphasizing and clarifying the interests, opening competencies which the design process should be sensitive and aware of; 3) inscribe the designer as someone capable of dealing with the interests at stake through an archeology that goes to the depths that are not explicitly (such as market or sensitivities), or dealing with purely technical aspects, in a movement that evidences 4) the ambiguous and ambivalent use of the briefing, guiding the design process as something that takes in in its account a plural and diverse natures.;
Palavras-chave Briefing; Processo de projeto; Teoria Ator-Rede; Design brief; Design process; Actor-Network Theory;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Desenho Industrial;
Tipo Dissertação;
Data de defesa 2018-03-20;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/7033;
Programa Programa de Pós-Graduação em Design;


Arquivos deste item

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples

Buscar

Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística