Resumo:
Sabe-se que, atualmente, a população mundial tem aumentado significativamente em um pequeno intervalo de tempo e, junto ao determinado fato, a cultura do consumismo paralela ao descarte árduo e simultâneo. A contingente demanda populacional associada à concentração em áreas urbanas demandam maior utilização dos recursos ecossistêmicos para fins de sobrevivência, entretanto, a busca pelo consumismo excessivo – hoje, culturalizado – tem se estabelecido e se desenvolvido mediante tamanha demanda (GODECKE, NAIME e FIGUEIREDO, 2012). Devido à extração e utilização desenfreada dos recursos naturais para o fomento do sistema consumista e capitalista, bem como o descarte excessivo de resíduos sólidos pós-consumo, tem gerado vasta sobrecarga sobre os ecossistemas, desencadeando principalmente a perda da biodiversidade por ingestão de resíduos e habitat degradado; e a escassez e contaminação de recursos naturais. De acordo com a WWF (2014), entre 1970 e 2010, perdeu-se mais de 50% da biota mundial de vertebrados, isto é, a quantidade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes é, em média, a metade do que havia há 40 anos atrás. No que se refere aos resíduos sólidos, a abrangência dos aspectos e impactos ambientais pode ser compreendida a partir dos volumes de geração dos mesmos, associados ao nível de eficácia do seu gerenciamento e aos danos que podem acarretar (GODECKE, NAIME e FIGUEIREDO, 2012).