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Inteligência artificial, segurança jurídica e aplicação no poder judiciário brasileiro

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Autor Giannakos, Demétrio Beck da Silva;
Lattes do autor http://lattes.cnpq.br/5690965999748949;
Orientador Limberger, Têmis;
Lattes do orientador http://lattes.cnpq.br/4818791232370274;
Instituição Universidade do Vale do Rio dos Sinos;
Sigla da instituição Unisinos;
País da instituição Brasil;
Instituto/Departamento Escola de Direito;
Idioma pt_BR;
Título Inteligência artificial, segurança jurídica e aplicação no poder judiciário brasileiro;
Resumo No cenário mundial atual, a IA (inteligência artificial) é um dos principais temas sendo estudados na seara jurídica. A presente pesquisa problematiza se, nos Tribunais brasileiros, haveria uma segurança jurídica mínima para uma possível e eventual aplicação da IA na tomada de decisão, baseada no respeito à determinação de uma uniformização da jurisprudência (art. 926 do CPC). Tal debate pode contribuir para a obtenção de uma hermenêutica adequada à solução de casos concretos, com respeito à Crítica Hermenêutica do Direito e até mesmo à Análise Econômica do Direito. A hipótese, sob a ótica do direito processual civil, aponta para uma inexistência de uma base de dados suficientemente segura a ser aplicada pela IA. Essa abordagem, sem desconsiderar outras possibilidades, pode contribuir com uma maior segurança jurídica adequada. O estudo efetivado vale-se do método fenomenológico-hermenêutico e da metodologia de pesquisa de revisão bibliográfica. Defende-se a necessidade pelo respeito à segurança jurídica, com o intuito de cumprimento da determinação legal prevista nos artigos 489 e 926, ambos do CPC. Tal necessidade e atenção nada mais é do que respeitar o próprio Direito em si, conforme será demonstrado no decorrer da pesquisa. Ainda, será apresentado de que forma os algoritmos de IA vêm sendo aplicados à prática forense e como, ainda, podem facilitar e auxiliar no dia a dia do Poder Judiciário. Conclui-se, por conseguinte, que, ainda, não existe uma base de dados (jurisprudência e precedentes) suficientemente segura para a aplicação da IA na tomada de decisão, em decorrência, justamente, do ativismo judicial praticado pelos Tribunais. Da mesma forma, do ponto de vista técnico e prático, tanto a atividade do juiz, quanto a dos robôs, estarão sujeitas à imprecisão da linguagem natural (vagueza e ambiguidade), abrindo-se espaço para casos em que há margem para interpretação. Estas, justamente, não são ainda, em sua totalidade, captadas pela IA. O texto legal estabelecido de modo geral e abstrato não consegue, por definição, dar conta de todas as situações práticas do cotidiano, exigindo-se sempre a discussão das condições necessárias e suficientes. Diante disso, por mais que seja sabida a impossibilidade da IA ser aplicada à tomada de decisão, o respeito e atenção à uniformização da jurisprudência e dos chamados precedentes, por certo, contribuiriam com tal ideia.;
Abstract In the current global scenario, AI (artificial intelligence) is one of the main topics being studied in the legal field. This research problematizes whether, in Brazilian Courts, there would be a minimum legal certainty for a possible and eventual application of AI in decision-making, based on respect for the determination of uniformity of jurisprudence (art. 926 of the CPC). Such a debate can contribute to obtaining a hermeneutics suitable for solving concrete cases, with respect to the Hermeneutical Criticism of Law and even the Economic Analysis of Law. The hypothesis, from the perspective of civil procedural law, points to the lack of a sufficiently secure database to be applied by AI. This approach, without disregarding other possibilities, can contribute to greater adequate legal certainty. The study carried out uses the phenomenological-hermeneutic method and the literature review research methodology. The need to respect legal certainty is defended, with the aim of complying with the legal determination provided for in articles 489 and 926, both of the CPC. Such need and attention is nothing more than respecting the Law itself, as will be demonstrated throughout the research. Furthermore, it will be presented how AI algorithms have been applied to forensic practice and how they can facilitate and assist in the day-to-day work of the Judiciary. It is concluded, therefore, that there is still no sufficiently secure database (jurisprudence and precedents) for the application of AI in decision-making, precisely as a result of the judicial activism practiced by the Courts. Likewise, from a technical and practical point of view, both the judge's activity and that of robots will be subject to the imprecision of natural language (vagueness and ambiguity), leaving room for cases in which there is room for interpretation. These, precisely, are not yet, in their entirety, captured by AI. The legal text established in a general and abstract way cannot, by definition, account for all practical everyday situations, always requiring the discussion of necessary and sufficient conditions. In view of this, even though it is known that AI is impossible to apply to decision-making, respect and attention to the standardization of jurisprudence and so-called precedents would certainly contribute to this idea.;
Palavras-chave Segurança jurídica; Inteligência artificial; Processo civil; Uniformização da jurisprudência; Análise econômica do direito; Legal security; Artificial intelligence; Civil procedure; Standardization of jurisprudence; Law and economics;
Área(s) do conhecimento ACCNPQ::Ciências Sociais Aplicadas::Direito;
Tipo Tese;
Data de defesa 2023-12-19;
Agência de fomento CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior;
Direitos de acesso openAccess;
URI http://repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/12992;
Programa Programa de Pós-Graduação em Direito;


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